A SALVAÇÃO DA ALMA - Parte 4 de 10.
Leitura Bíblica: Lucas 14:25-35
"Ora, iam com Jesus grandes multidões; e, voltando-se, disse-lhes:" (Lc 14:25). Porque havia semelhante multidão indo com o Senhor? Porque Ele tinha acabado de pregar o Evangelho. Como indica a parábola que precede este versículo, Ele convida um grande número de pessoas para virem. De fato, todo aquele que quer comer vem. Muitos são cristãos; como é muito bom ser salvo. Como é bom ser nascido de novo e possuir a Graça de Deus. Estas pessoas vão com o Senhor, e Ele volta-se para lhes falar. O que dá para entender do que Ele dirá é isto: Sim, vocês são salvos; mas se vocês querem me seguir, vocês terão que preencher certas condições. Ele então eleva o padrão da verdade, pois Ele não abaixará o critério ordenado por Deus por causa de uma grande multidão. Portanto podemos nós nos abster de falar das verdades nobres do reino, com seu reinado e outras coisas mais, por causa dos homens?
A porta pela qual os que crêem no Senhor Jesus são salvos é ampla, mas a porta pela qual os que O seguem e são glorificados com Ele é estreita. "Todo o que o Pai me dá virá a Mim; e o que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (João 6:37). Isto é salvação. No entanto há condições para os que desejam seguir o Senhor e ser Seu discípulo.
"Se alguém vier a Mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo." (Lucas 14:26). Aqui o Senhor reconsidera a questão concernente à alma. Ele primeiro menciona o pai e a mãe e esposa e filhos e irmãos e irmãs; então Ele menciona a alma (mente, vontade e emoção). Se alguém está apto a não olhar para sua alma como preciosidade, ele é livre de todas as amarras. Deve-se pôr de lado qualquer coisa que contente e pacifique a alma.
O Senhor não disse que se deve lançar fora seu pai e mãe e esposa e filhos e irmão e irmãs. O que Ele disse é que se deve livrar-se da vida natural para que se possa reunir todo seu amor o qual se tem por outras pessoas para então amar mais o Senhor. Isto é um dever. Antes de um homem começar a segui-Lo, uma barreira formidável é colocada diante dele pelo Senhor. Se ele puder superar esta barreira, ele estará apto para vencer qualquer coisa no futuro. O Senhor não espera para pôr esta barreira depois que se entrou pela porta. Não, a barreira está ali logo no início. E aquele que supera esta barreira está pronto para ser discípulo do Senhor.
"Se alguém vier a Mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo." (Lucas 14:26). Aqui o Senhor reconsidera a questão concernente à alma. Ele primeiro menciona o pai e a mãe e esposa e filhos e irmãos e irmãs; então Ele menciona a alma (mente, vontade e emoção). Se alguém está apto a não olhar para sua alma como preciosidade, ele é livre de todas as amarras. Deve-se pôr de lado qualquer coisa que contente e pacifique a alma.
O Senhor não disse que se deve lançar fora seu pai e mãe e esposa e filhos e irmão e irmãs. O que Ele disse é que se deve livrar-se da vida natural para que se possa reunir todo seu amor o qual se tem por outras pessoas para então amar mais o Senhor. Isto é um dever. Antes de um homem começar a segui-Lo, uma barreira formidável é colocada diante dele pelo Senhor. Se ele puder superar esta barreira, ele estará apto para vencer qualquer coisa no futuro. O Senhor não espera para pôr esta barreira depois que se entrou pela porta. Não, a barreira está ali logo no início. E aquele que supera esta barreira está pronto para ser discípulo do Senhor.
Depois que Cristo salva uma pessoa, a primeira coisa que se levanta na porta do discipulado é esta condição. O Senhor não estabelece esta condição três ou cinco anos depois que a pessoa nasce de novo. Se uma pessoa será Seu discípulo é um assunto a ser decidido bem no princípio.
"Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo" (Lc 14:27). Isto explica o versículo precedente. O que acontece é o levar a cruz. Então o Senhor apresenta três parábolas para ilustrar o levar a cruz:
"Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo" (Lc 14:27). Isto explica o versículo precedente. O que acontece é o levar a cruz. Então o Senhor apresenta três parábolas para ilustrar o levar a cruz:
1. A PARÁBOLA DA EDIFICAÇÃO DE UMA TORRE (Lc 14:28-30)
"Pois qual de vós, querendo edifícar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar?" (Lc 14:28). O Senhor fala sobre contar os gastos. Não podemos facilmente conceber que o significado aqui é que se não temos fundo não devemos continuar com a idéia de construir uma torre? No entanto se fosse assim, o Senhor não teria chamado a grande multidão (os quais têm muito pouco) para segui-Lo. Será, então, que por causa da falta de fundos não precisamos construir? Não, nada disso. Porque se todos põem tudo o que têm, ninguém poderá dizer que há insuficiência de fundos. O que o Senhor realmente quer dizer aqui é que: se uma pessoa deseja pôr tudo o que tem para construir uma torre. Por exemplo, se a construção da torre custará $500 e o homem deseja gastar apenas $300 para guardar os $200 restantes para outros propósitos, isto não pode ser considerado como não ter fundo suficiente. O fundo se tornou insuficiente somente porque ele guardou uma parte para outros propósitos que não o de construir a torre. Aquele que guarda amor para outros não está pronto para amar a Cristo. Deve-se aborrecer seu próprio pai e mãe e esposa e filho e irmãos e irmãs - e até mesmo sua própria vida - com a finalidade de tirá-los para fora do seu coração. Cristo não pergunta quanto uma pessoa dá mas se ela deu tudo a Ele.
"Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele, dizendo: Este homem começou a edífícar e não pode acabar." (Lc 14:29-30). Este será o fim daquele que não deseja amar o Senhor totalmente. Ele tem que parar de construir a torre depois de ter posto os alicerces porque guardou um pouco para si e não deseja dar tudo para o Senhor.
2. A PARÁBOLA DA GUERRA (Lc 14:31-32)
"Ou qual é o rei que, indo entrar em guerra contra outro rei, não se senta primeiro a consultar se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?" (Lc 14:31). Mobilizar dez mil não significa que dez mil são todos os soldados que o rei tem. Isto simplesmente significa que ele deseja usar somente dez mil. Se ele mobilizar a nação inteira sem dúvida será vitorioso.
"No caso contrário, enquanto o outro ainda está longe, manda embaixadores, e pede condições de paz." (Lc 14:32). Isto é dizer que se o rei não deseja pôr em jogo toda a sua tropa, é melhor para ele pedir por condições de paz e reconhecer sua derrota.
"No caso contrário, enquanto o outro ainda está longe, manda embaixadores, e pede condições de paz." (Lc 14:32). Isto é dizer que se o rei não deseja pôr em jogo toda a sua tropa, é melhor para ele pedir por condições de paz e reconhecer sua derrota.
Aquele que deseja investir tudo na construção ou na guerra encontrará exatamente o necessário; mas se ele guarda um pouco para si, experimentará muita insuficiência. Suponha que eu vá a uma livraria para comprar uma Bíblia, e ela custe $60 que é tudo o que tenho. Se pago somente $10, naturalmente não será suficiente; mas mesmo, que eu pague $59 e guarde somente $1 para mim, isto ainda não será suficiente. Portanto é absolutamente certo que aquele que não toma a sua cruz e segue totalmente o Senhor não é digno nem capaz de ser um discípulo do Senhor.
Não é devido a insuficiência, mas por guardar um pouco para si. Por isto o não guardar nada para si é a cruz. Devemos colocar tudo sobre a cruz. Alguns podem perguntar como sabemos que esta parábola nos ensina a necessidade de colocar tudo sobre a cruz? Porque isto é o que o Senhor mesmo explica no versículo seguinte.
"Assim, pois, todo aquele dentre vocês que não renuncia a tudo quanto possuí, não pode ser meu discípulo." (Lc 14:33). Este versículo comenta as duas parábolas acima. O problema com estas duas pessoas já mencionadas não está no fato de elas não terem o suficiente mas em elas não desejarem gastar tudo. Quão freqüentemente queremos ambos; estamos como que divididos entre amar o mundo por um lado e amar o Senhor por outro. Para nós amar inteiramente o Senhor, não podemos; porém amar somente o mundo é algo que nos faz sentir envergonhados por ser injusto para com o Senhor. Da relutância de qualquer um em gastar tudo para construir a torre e ainda de estar receoso para não gastar pelo menos um pouco, o resultado será o de ter posto a fundação mas a torre ficará inacabada. Por estar despreparado para entregar todos os seus guerreiros, a única saída que resta para uma pessoa é a de enviar um embaixador para pedir condições de paz. Este tipo de pessoa precisa desconsiderar o assunto de ser discípulo do Senhor. Para ser discípulo de Cristo, alguém precisa renunciar tudo o que tem. Ele não pode segurar o mundo com uma mão e com outra o Senhor. Ele precisa pôr de lado um ou outro - se não o mundo, então Cristo.
3. A PARÁBOLA DO SAL (Lc 14:34-35)
Esta parábola retrata as conseqüências para estas duas classes de pessoas sobre as quais acabamos de ler. De acordo com Mateus 5:13 ("vós sois o sal da terra'), sal aqui em Lucas deve apontar para os cristãos.
"Bom é o sal; mas se o sal se tornar ínsípído, com que se há de restaurar-lhe o sabor?" (Lc 14:34). O sal é bom, porque é proveitoso para o homem. O sabor significa o ser posto a parte e ser santificado. Como é de tremenda importância para o cristão ser separado do mundo. Se o sal perder seu sabor, como poderá salgar novamente? Por exemplo, uma pessoa compra um pedaço de carne fresca e pensa em dar sabor a ela colocando sal. Se não há sal, como ela pode fazer com que a carne fique salgada? Ou se o próprio sal perder seu sabor, como ela pode fazer carne salgada? "Não presta nem para terra, nem para o monturo; lançam-no fora." (Lc 14:35a). Este versículo fala da conseqüência de perdermos nosso sabor cristão, por perder nossa separação do mundo.
"Terra" - representa o reino. Colocar no reino de Deus um cristão sem sabor é muito improvável.
"Monturo" - é um lugar desonrado e sujo, e por isso sugere o inferno ou o lago de fogo. Pôr um cristão que perdeu seu sabor no inferno é igualmente improvável, pois ele já esta salvo.
"Lançam-no fora" - Já que ele está incapacitado tanto para o reino como para o inferno, ele deve ser lançado fora; quer dizer, ele deve ser lançado para fora da Glória do Reino.
"Quem tem ouvidos para ouvir, ouça." (Lc 14:35b). Isto é palavra de advertência. Qualquer coisa que nos faz ser desassociada de Cristo nos faz perder nosso próprio sabor. Sabor é poder, falta de sabor é fraqueza. Como é sério este assunto! Devemos não amar o mundo. Precisamos ao invés disto amar o Senhor - e de todo nosso coração. De outra forma, não teremos parte no Reino. A questão não é quanto tenho feito, mas se estou sobre o altar. Vamos nos consagrar ao Senhor hoje, porque poderá ser muito tarde quando aquele dia (o dia da Sua volta) chegar.
(Livro: A Salvação da Alma | Watchman Nee)
Jesus é o Senhor!