02 - OS 8 TIPOS DE FRACASSO NO CRISTÃO.
Que tipo de vida vivemos? Uma vida escravizada pela lei do pecado. "Pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo" (Rm 7:18). Nossa vida é uma vida de fracassos, pois está escravizada pelo pecado. Deus nos deu uma vida muito elevada, mas nós vivemos uma vida de fracassos. De acordo com a nossa experiência e o registro das Escrituras, um cristão tem oito tipos de fracassos, ou seja, oito tipos de pecados.
1 - PECADOS ESPIRITUAIS.
O orgulho é um pecado espiritual. A inveja é um pecado espiritual. A incredulidade é um pecado espiritual. Apontar os erros dos outros é um pecado espiritual. Falta de oração é um pecado espiritual. Duvidar de Deus é um pecado espiritual e deixar de comprometer-se com Deus também é um pecado espiritual. Algumas pessoas são vitoriosas em assuntos espirituais, mas os que experimentam derrota nesses assuntos são ainda mais numerosos.
Antes o meu orgulho me dominava. Qualquer tipo de orgulho é um pecado espiritual. Qualquer tipo de orgulho que impeça você de ir adiante é um pecado espiritual. Uma pessoa orgulhosa não suporta ver que outros sejam melhores que ela. Não consegue suportar que outros estejam mais avançados em assuntos seculares, nem que outros estejam mais avançados em questões espirituais. Se ele vir alguém que é espiritualmente mais avançado, então fará qualquer coisa para encontrar os erros do outro e rebaixá-lo. A inveja é um pecado tanto na nossa vida espiritual como na obra do Senhor.
Alguns têm um perverso coração de incredulidade. Se você lhes pergunta se crêem ou não, responderão que não há nenhuma palavra ou frase na Palavra de Deus em que eles não creiam. Mas se você lhes pergunta se confiam nas promessas de Deus, admitirão que não são capazes. Assim que passam por uma pequena prova, ficam grandemente assustados. Eles não conseguem confiar na Palavra de Deus de modo algum. A esposa de Martinho Lutero certa vez se vestiu de luto e disse a ele que a angústia em que ele se encontrava era tal que parecia que o Deus dele havia morrido.
Muitas pessoas não têm uma vida ou comunhão adequada com Deus. Dia a dia vivem de maneira descuidada. Gastam os seus dias sem orar ou ler a Bíblia, sem ver a face de Deus ou ter comunhão com Ele. Eles até mesmo gastam os seus dias amedrontados com o pensamento de ter comunhão com Deus. Essa é uma vida sem Deus, isto é, ímpia. Temos cometido pecado, temos tido fracassos e não temos vivido uma vida espiritual. Muitos de nós nunca foram diligentes em aprender as devidas lições de negar o ego (eu, vida da alma). Muitos de nós nunca foram diligentes para aprender as devidas lições de colocar o ego de lado.
Em certa ocasião havia dois irmãos que não tinham um bom relacionamento entre si por causa de uma questão muito pequena. Antes eles comiam juntos e se serviam do mesmo prato. Um deles sempre escolhia para si a melhor carne do prato. Quando o outro viu isso, não falou nada por vários dias. Após duas semanas ele não pôde agüentar mais esse comportamento e então se separou do outro irmão. O tipo de pessoa que você é se manifesta nas pequenas coisas que você faz. Eu gosto muito de ler a biografia de Hudson Taylor. Quando ele viajava pregando, ele quase sempre escolhia o pior quarto e a pior cama. Mesmo que essas coisas sejam pequenas, a maneira pela qual alguém lida com elas mostra se vive ou não diante de Deus.
2 - PECADOS DA CARNE.
Não é só pecados espirituais que existem; há também pecados da carne. O adultério é um pecado da carne, os olhos cobiçosos são um pecado da carne e os relacionamentos pessoais inadequados também são pecados da carne. Muitos têm fracassado nessas questões. Muitos são os que pecam com os olhos porque estes não foram controlados. Muitos são inconvenientes em seu relacionamento com os amigos. Esses são pecados da carne; são pecados da conduta de alguém. Alguns pecados não têm nada a ver com o corpo, enquanto outros, sim.
Irmãos e irmãs, os seus olhos têm sido disciplinados? Admito que hoje em dia existem muitas oportunidades para pecar com os olhos. Vocês precisam cuidar desse assunto diante do Senhor. Há muitos cristãos que nunca experimentarão a vida vencedora de Deus sem que seus olhos sejam disciplinados pelo Senhor.
Irmãos e irmãs, os seus olhos têm sido disciplinados? Admito que hoje em dia existem muitas oportunidades para pecar com os olhos. Vocês precisam cuidar desse assunto diante do Senhor. Há muitos cristãos que nunca experimentarão a vida vencedora de Deus sem que seus olhos sejam disciplinados pelo Senhor.
A amizade é outra coisa à qual devemos dar cuidadosa atenção. Um irmão poderia manter uma amizade além dos limites com um incrédulo. De acordo com o mundo isso não seria pecado; mas, de acordo com a vida que Deus designou para um cristão, esse tipo de amizade é pecado. Isso serve também para as irmãs. Um missionário ocidental uma vez disse que alguns incrédulos tentaram ter uma amizade especial com ele; quando percebeu que aquilo era pecado, ele rejeitou tal amizade.
3 - PECADOS DA MENTE.
Além dos pecados espirituais e dos pecados da carne, há também os pecados da mente. Muitos são os que não têm pecados espirituais e até certo ponto sua carne já foi eliminada. Mas mesmo assim não conseguem obter vitória sobre seus pensamentos. Alguns têm uma mente que divaga; a mente de outros fica girando em círculo vicioso; outros têm mente instável. Já a mente de alguns não divaga, não fica dando voltas e nem é instável, mas é impura e está cheia de ilusões. Alguns estão cheios de dúvidas; outros estão obcecados por conhecimento: querem saber tudo e não se satisfazem até que o consigam. Os que têm tal tipo de mente ainda não experimentaram a vida vencedora. Não devemos pensar que não temos nada de mal em nós. Muito poucos são os que experimentam uma verdadeira vitória sobre seus pensamentos. Pelo contrário, muitos são os que têm pensamentos vagueantes, errantes e instáveis. Ter pensamentos que divagam é um problema sério, mas ter pensamentos impuros é ainda pior. Alguns têm pensamentos impuros que persistem tenazmente na mente. Conheci uma irmã que confessou que seus pensamentos sempre divagavam. Outro cristão que também conheci confessou que tinha continuamente pensamentos impuros. Isso demonstra que não vivemos pela vida de Deus. Portanto, devemos resolver todos esses assuntos.
A imaginação tem causado dano a muitos cristãos. As dúvidas também têm prejudicado muitos cristãos. Por exemplo, quando nos encontramos com um irmão na rua, e ele não é muito simpático conosco, podemos até pensar que ele está magoado conosco ou que esteja pensando mal a nosso respeito. Mas, logo depois disso, talvez, fiquemos sabendo que sua atitude pouco amigável devia-se ao fato de ele não ter passado bem a noite, de ter tido dor de cabeça ou passar por momentos difíceis. Mesmo que tivéssemos pensado que o problema fosse conosco, na verdade não existia nada contra nós. Nossa imaginação freqüentemente nos perturba; no entanto, ainda continuamos pensando que podemos discernir o coração dos outros. Devemos reconhecer que só o Senhor pode sondar "mentes e corações" (Ap 2:23). Muitos têm conceitos formados sobre a forma de ser dos outros. Assim, todos temos pecado em nossos pensamentos; temos julgamentos em demasia; temos ilusões demais. Irmãos e irmãs, temos de nos achegar ao Senhor e tirar do caminho todas estas coisas. Se não resolvermos o problema dos nossos pensamentos, não poderemos ter uma vida de vitória em Deus.
Há também aquele irmão que tem obsessão por conhecimento. Ele sempre tem de encontrar uma razão para tudo. Analisa tudo e quer saber de tudo; sua mente é sempre muito ativa. Não confia em Deus e quer estar informado de cada coisa que há ao seu redor. Irmãos e irmãs, esse tipo de atração pelo conhecimento é também um pecado. E isso é algo que também precisa ser eliminado.
4 - PECADOS DO CORPO.
Há também os pecados relacionados com o corpo. Não necessariamente são coisas impuras. Em termos humanos, talvez não sejam coisas grandes, mas para um cristão são pecados.
Alguns dão atenção em demasia à comida; para outros, dormir é uma coisa sagrada. Alguns se preocupam exageradamente com a saúde ou o trato pessoal; outros estão presos ao hábito deconstantemente petiscar; e outros amam demasiadamente o próprio corpo. Todas essas coisas são pecados diante do Senhor. Muitos cristãos estão presos à comida. Nunca jejuaram. Podemos conhecê-los pela maneira de comer. No momento em que se põem a comer, os demais percebem que tipo de pessoas são. Um irmão disse em certa ocasião: "Tenho um apetite voraz; meu apetite é enorme". Irmãos e irmãs, comer sem controle também é pecado. Aqueles que não se controlam no comer, estão cometendo pecado.
Alguns dão atenção em demasia à comida; para outros, dormir é uma coisa sagrada. Alguns se preocupam exageradamente com a saúde ou o trato pessoal; outros estão presos ao hábito deconstantemente petiscar; e outros amam demasiadamente o próprio corpo. Todas essas coisas são pecados diante do Senhor. Muitos cristãos estão presos à comida. Nunca jejuaram. Podemos conhecê-los pela maneira de comer. No momento em que se põem a comer, os demais percebem que tipo de pessoas são. Um irmão disse em certa ocasião: "Tenho um apetite voraz; meu apetite é enorme". Irmãos e irmãs, comer sem controle também é pecado. Aqueles que não se controlam no comer, estão cometendo pecado.
Alguns ficam com um semblante horrível quando perdem um pouco de sono. Eles se irritam ao cuidar de certos assuntos e falam sem coerência. Isso também é pecado.
Alguns se entregam sem medida a petiscar, com o que gastam muito dinheiro. Outros dão muita atenção à arrumação pessoal e fazem o possível para terem boas roupas. Temos também aqueles que são obcecados pela saúde; tudo deve estar perfeito para eles. Acham que isso e aquilo são prejudiciais para o corpo; sentem-se cercados e ameaçados por tudo. Esses são exemplos de estar obcecados com nosso corpo. Muitas pessoas amam demasiadamente seu corpo. Não conseguem suportar nenhum sofrimento nem sequer toleram aproximar-se de um doente. Estão escravizados ao corpo. Paulo disse: "Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão" (1°Co 9:27). Ele reduzia seu corpo à escravidão. Não sujeitar nosso corpo à escravidão é pecado. O corpo deve ser submetido à nossa servidão. Muitos têm sacrificado seu tempo de oração de manhã pelo sono. Muitos têm cedido à comida o tempo que deveriam gastar na Palavra. Muitos são incapazes de servir ao Senhor porque dão muita atenção ao petiscar ou à aparência exterior. Ser descuidados nessas áreas e não restringir-nos é pecado.
Alguns se entregam sem medida a petiscar, com o que gastam muito dinheiro. Outros dão muita atenção à arrumação pessoal e fazem o possível para terem boas roupas. Temos também aqueles que são obcecados pela saúde; tudo deve estar perfeito para eles. Acham que isso e aquilo são prejudiciais para o corpo; sentem-se cercados e ameaçados por tudo. Esses são exemplos de estar obcecados com nosso corpo. Muitas pessoas amam demasiadamente seu corpo. Não conseguem suportar nenhum sofrimento nem sequer toleram aproximar-se de um doente. Estão escravizados ao corpo. Paulo disse: "Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão" (1°Co 9:27). Ele reduzia seu corpo à escravidão. Não sujeitar nosso corpo à escravidão é pecado. O corpo deve ser submetido à nossa servidão. Muitos têm sacrificado seu tempo de oração de manhã pelo sono. Muitos têm cedido à comida o tempo que deveriam gastar na Palavra. Muitos são incapazes de servir ao Senhor porque dão muita atenção ao petiscar ou à aparência exterior. Ser descuidados nessas áreas e não restringir-nos é pecado.
5 - PECADOS NA PREDISPOSIÇÃO.
A predisposição natural do homem está relacionada com seu caráter. De fato, é o que o caracteriza. Toda pessoa nasce com certa predisposição natural. O Senhor não veio apenas livrar-nos do pecado, mas também das nossas inclinações. Alguns nascem obstinados; outros, muito legalistas. Para estes, dois mais dois têm de ser quatro. Eles são muito corretos, mas ao mesmo tempo são muito rígidos. O que para eles é correto tem de ser o correto; e o que pensam que é errado tem de ser errado. São muito inflexíveis. No lugar em que estão e em tudo o que fazem, sempre são os juizes supremos. Não há dúvidas de que freqüentemente eles são muito justos, mas a justiça deles tem chifres que fere os outros. Falta-lhes a amabilidade e doçura no trato com os irmãos. A justiça deles é rigorosa e inflexível. Irmãos e irmãs, isso também é pecado.
Outros são muito frágeis e temem assumir qualquer responsabilidade. Para eles tudo está bem. São o oposto dos irmãos obstinados que acabamos de mencionar. Alguns se enganam pensando que um homem bonzinho é um homem santo. Mas quantos homens bonzinhos Deus tem usado? Era o Filho de Deus um homem bonzinho na terra? Irmãos e irmãs, esse tipo de predisposição é também pecado e precisa ser resolvido.
Alguns talvez não sejam tão rigorosos ou bonzinhos; são, no entanto, como os que gostam de se exibir. Onde estão, querem ser notados. Aonde vão, sempre querem ser eles os que falam. Mesmo que não tenham a oportunidade de fazer alguma coisa, ainda assim circularão pelo ambiente para cumprimentar a todos os presentes. Não importa onde estejam, não ficarão satisfeitos até que todos tenham notado sua presença. Eles nunca passam despercebidos nos lugares aonde vão e jamais ficam calados.
Alguns irmãos são muito retraídos. Eles não gostam de ser notados onde estão. Sempre procuram um canto onde sentar-se. Isso também é pecado, e deve ser eliminado.
Alguns irmãos são muito rápidos para tudo, enquanto outros são muito lentos. Uma vez um irmão disse: "Louvado seja o Senhor. Tenho uma predisposição rápida para as coisas. Posso perder a paciência num minuto e esquecer disso logo em seguida. Posso explodir de raiva pela manhã, mas em cinco minutos isso passa. Quando vou para o trabalho já esqueci de tudo". Porém sua esposa e seus filhos sofrem o dia todo. Quando regressa do trabalho, sua esposa ainda está sofrendo e ele acha isso muito estranho. Pensa até que é ele uma boa pessoa! Isso é pecado, e precisa ser também solucionado.
Alguns são lentos em tudo. Podem adiar um assunto por um ou dez dias. Isso é ociosidade. Essa predisposição também deve ser tratada.
Cada um tem a própria peculiaridade. Mesmo sendo salvos, são extremamente severos com os demais e provocam situações antagônicas. Tudo deve ser observado nos mínimos detalhes. Nunca se aproveitam dos outros, porém, de nenhum modo permitem que outros levem a mínima vantagem sobre eles. Nunca ferem ninguém, mas se alguém os ofende, tomarão olho por olho e dente por dente. São muito calculistas e não deixam escapar absolutamente nada. Outros, pelo contrário, não são nada severos com os demais, mas são muito malvados. Tirarão vantagem dos outros mesmo quando se trata de alguns centavos. Eles não roubam nada de ninguém, mas aproveitam-se até de seus empregados ou seus motoristas.
Outros gostam de falar muito. Onde quer que estejam, não haverá sequer um momento de tédio: falam de uma família e criticam outra. Outros são muito levianos quanto aos fatos.Assim que ficam sabendo de algo, correm para contar aos demais.
Outros apreciam exagerar as coisas. Não mentem, mas o que dizem, exageram. Todas essas características do caráter têm a ver com nossas palavras. Se desejamos vencer e experimentar uma vida vitoriosa, todas essas coisas têm de ser lançadas fora. Ainda que não nos sintamos capazes de desfazer-nos delas, uma coisa é certa: temos de vencer.
Senti-me obrigado a falar desses assuntos porque o andar diário dos cristãos de hoje está longe de expressar a Deus. Alguns irmãos somente vêem as falhas dos outros; e são incapazes de apreciar as virtudes dos demais. De sua boca só saem palavras de críticas. Em certa ocasião, um irmão do norte da China conseguiu vencer nessa área. Antes não podia evitar notar as falhas nos outros. Quando uma pessoa vinha a ele, esse irmão mencionava seis ou sete defeitos que notava na pessoa. Quando outro se aproximava, ele também encontrava nesse outro seus seis ou sete problemas. Eu lhe disse que a razão pela qual ele via tantos problemas nos outros era porque ele mesmo era o problema. Essa era sua inclinação natural. Irmãos e irmãs, todas essas coisas são pecados. Todo cristão vencedor vive acima delas todas, e não debaixo delas.
6 - FALTA DE DISPOSIÇÃO PARA OBEDECER À PALAVRA DE DEUS.
Não apenas temos os pecados no lado negativo: a Bíblia nos mostra que ser negligente diante de Deus em nossa intenção de obedecer à Sua palavra também é pecado. Irmãos e irmãs, quantos mandamentos de Deus vocês têm lido, e a quantos têm obedecido? Quantos maridos amam a mulher e quantas mulheres se submetem ao marido? Uma irmã disse certa vez que sabia que devia submeter-se ao marido, mas sempre discutia um pouco antes de submeter-se. Ela percebeu com o tempo que nunca havia tido uma verdadeira submissão conforme o padrão do mandamento de Deus. Isso, é claro, é pecado.
Quantos cristãos percebem que estar tristes é pecado? A Bíblia diz que devemos regozijar-nos sempre. Quantos cristãos têm obedecido a esse mandamento? Devemos ver que estar triste é pecado. Todos os que não se regozijam, pecam. O mandamento de Deus diz que por nada devemos estar ansiosos. Se estamos cheios de ansiedade, temos pecado. De acordo com o mandamento de Deus, estar triste e ansioso é pecado. Claro que, de acordo com o homem, estar triste ou ansioso não é pecado, mas a Palavra de Deus diz que a tristeza e a ansiedade são pecados.
Devemos em tudo dar graças. Deus manda que demos graças em tudo. Em tudo devemos dizer: "Deus, eu Te agradeço e Te louvo". Mesmo que encontremos dificuldades devemos dizer: "Deus, eu Te agradeço e Te louvo". Uma mulher que teve nove filhos pensava que a palavra sobre não estar ansiosos estava equivocada. Ela alegava que uma mãe precisa estar ansiosa. Achava que não estar ansiosa era pecado. Já havia perdido dois filhos em meio à sua ansiedade e acreditava que devia criar os outros sete com ansiedade. Essa irmã não entendia que a ansiedade é pecado; pensava que era sua obrigação estar ansiosa. Regozijar-se sempre é um mandamento de Deus. Não andar ansioso de coisa alguma também o é. Em tudo dar graças, mais ainda, é um mandamento de Deus. A vitória e a força nos capacitam para obedecer o que Deus manda. Os que não conseguem vencer não são capazes de guardar os mandamentos de Deus.
7 - DEIXAR DE DAR A DEUS O QUE ELE EXIGE.
Deus requer que nos consagremos a Ele absolutamente e exige que Lhe consagremos nossa esposa e nossos filhos. Também requer que Lhe consagremos nossas atividades e todo nosso dinheiro inteiramente a Ele. Todo cristão quer reservar algo para si. Mas queridos irmãos e irmãs, precisamos perceber que no Antigo Testamento havia a ordenança de dar o dízimo, de oferecer a décima parte; mas no Novo Testamento nossa consagração deve ser de dez décimos. Nossa casa, nossa terra, nossa esposa, nossos filhos e inclusive nós mesmos, precisamos ser consagrados a Deus plenamente.
Muitos cristãos temem que Deus lhes traga aflições. Havia um cristão que tinha muito temor de consagrar-se a Deus. Ele disse: "Se me entrego a Deus, que acontecerá se Ele me enviar sofrimentos?" Respondi-Lhe seriamente: "Que tipo de Deus você crê que é o nosso Deus? Se um filho desobediente quer honrar os pais e lhes diz que obedecerá daí em diante, você acha que seus pais propositalmente lhe pedirão algo que sabem que o filho não pode fazer? Acha que os pais o farão sofrer de propósito? Se o fazem, então deixam de ser seus pais para serem seus juizes. Mas, se verdadeiramente são seus pais, sem dúvidas cuidarão bem do filho. Você crê que Deus propositalmente lhe trará sofrimentos? Você crê que Deus o enganará? Você se esqueceu de que Ele é seu Pai!" Irmãos e irmãs, somente os que se consagram a Deus têm verdadeiro poder. Eles conseguem entregar seus negócios nas mãos de Deus; são capazes de deixar pai, mãe, esposa e filhos nas mãos de Deus. Podem entregar seu dinheiro nas mãos de Deus. Eles não tomam o que Deus lhes deu para esbanjar no mundo. Eles consagraram a própria vida ao Senhor. Todos, que temem consagrar a Deus seus pertences, seus bens materiais e seus relacionamentos com os outros, ainda não venceram. Quanto mais uma pessoa se consagra a Deus, mais força tem. Aqueles que se consagram a Ele voluntariamente parecem motivar Deus a tomar mais ainda. É como se dissessem a Deus: "Por favor, toma mais". Uma vida consagrada é uma vida de gozo, uma vida de poder. Se uma pessoa não se consagra a Deus, não só peca mas também carece de poder.
8 - ESTIMAR A INIQUIDADE E NÃO SE ARREPENDER DE PECADOS QUE DEVEM SER CONFESSADOS.
Muitas pessoas puseram um fim a muitos desses assuntos, mas em seu coração não estão dispostas a reconhecer que as coisas que têm eliminado são pecados. De acordo com Salmos 66:18, eles têm "guardado a iniqüidade" no coração. O coração deles ama esses pecados e, portanto, eles não estão dispostos a abandoná-los. Não só têm o desejo mas também certo apreço por essas coisas; têm consideração por elas e se recusam a deixá-las. Há uma estima secreta pelo pecado, um coração que resiste a reconhecer os pecados como tais. Ainda que nunca reconhecêssemos nosso amor por essas coisas e ainda que nossos lábios jamais dissessem que as amamos, nosso coração vai atrás delas antes que nossos pés as sigam. Muitas vezes o pecado não é uma questão de comportamento exterior, mas de um amor no coração. Se temos iniqüidades que estimamos em nosso coração, necessitamos vencê-las.
Muitas pessoas não apenas estão inclinadas à iniqüidade, mas também se recusam a reconhecer muitos pecados. Um crente com freqüência ofende a outro irmão. Quando é chamado à atenção, rapidamente admite que ofendeu ao irmão. Depois tenta mudar seu comportamento; começa a tratar melhor o irmão ofendido; dá-lhe a mão com afeto e aceita-o com menos reservas. Irmãos e irmãs, o máximo que podemos fazer é mudar nossa atitude, mas Deus não reconhecerá isso. Deus não reconhece as mudanças em nossa atitude. Muitas coisas requerem restituição. O dinheiro deve ser devolvido. Mesmo que muitas pessoas não tenham tempo de escutar nossas longas histórias, de qualquer modo temos de confessar nossos pecados.
Com respeito à confissão, a Bíblia nunca diz que devemos falar detalhadamente aos outros os nossos pecados, nem mesmo diz que enumeremos nossos pecados como um romance. O Senhor diz: "Se teu irmão pecar" (Mt 18:15). Não importa quantos pecados sejam. Quando um irmão se aproxima de nós e confessa: "Irmão, pequei contra você", temos de perdoar-lhe. Há muitas coisas ocultas que não precisam ser contadas. Não há ouvido na terra digno de escutá-las, nem ouvido capaz de suportálas todas.
Irmãos e irmãs, por quantos pecados nosso coração ainda sente apego? Quantos pecados ainda não temos trazido à luz? Se temos algum pecado, temos de vencê-lo. A menos que os vençamos, não poderemos prevalecer sobre eles.
Livro: "A Vida Que Vence" - (Watchman Nee)
Jesus Cristo é o Senhor, o único e suficiente Salvador.