"Orai sem cessar" (1Ts 5:17)
"Orai sem cessar" (1 Tessalonicenses 5:17).
"Portanto, vós orareis assim: 'Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome; venha o Teu reino; seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal, pois Teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!'
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai celestial vos perdoará as vossas ofensas." (Mateus 6:9-15)
ORAR É CONVERSAR COM DEUS, NOSSO PAI CELESTIAL
Orar é se reconhecer fraco, incapaz e dependente de Deus. Nada disso o agrada, pois desde criança você foi ensinado a ser independente e, quando adulto, passou a consumir livros de autoajuda. Orar é ir contra essa tendência natural; é a negação da autossuficiência.
Jesus ensina que orar não é ficar repetindo palavras como fazem os pagãos. Não é entoar sons hipnóticos como os mantras tibetanos ou usar de palavras mágicas ou fórmulas secretas para liberar algum tipo de energia cósmica. A oração não é o Shazam ou Abracadabra do cristão. Orar é conversar com Deus, é pedir para que Sua vontade seja feita na terra, e pedir-Lhe que nos supra em nossas necessidades. É nos rendermos totalmente a Deus e conversar com Ele.
Mas por que orar se Deus sabe de antemão o que precisamos ou vamos pedir? Porque Deus quer ouvir a nossa voz dependendo somente Dele, e Ele gosta quando conversamos com Ele. Deus é bom ouvinte. Orar é fazer o caminho inverso de Adão e Eva no Éden. Eles quiseram ser independentes de Deus, autossuficientes e donos de seus próprios destinos. A oração nos coloca de volta em nosso devido lugar.
Antes de ensinar a oração conhecida como “Pai nosso” Jesus condenou a mera repetição de palavras, portanto o “Pai nosso” não é uma oração para ser repetida. Trata-se de um modelo de como devemos orar. Não é “o que orar”, mas é “como orar”.
Primeiro vem o reconhecimento da posição que Deus ocupa, no céu — acima de nós — e de Sua Santidade, palavra que significa separação do mal. Equivale reconhecer que os nossos interesses particulares podem não ser os interesses de Deus, que vê o cenário todo de cima, e sabe o que é melhor para nós.
Esta é a razão da expressão “venha o Teu Reino” e não o contrário. Os interesses do céu devem prevalecer sobre os da terra. Primeiro reconhecermos o que Deus é, e que Ele tem a primazia (Primeiro lugar). Depois pedimos para o suprimento das necessidades físicas e de proteção, intercalados com um pedido de perdão. Esse perdão não é o perdão judicial de nossos pecados, que recebemos por graça e pela fé em Jesus. Aqui é uma espécie de perdão parental. É a condição momentânea para recebermos o que pedimos. É como se o seu pai dissesse: “Meu filho, você não vai ganhar a bicicleta enquanto não fizer as pazes com sua irmãzinha”.
Mas como perdoar? Com o perdão de quem já foi perdoado. Aí sim, o perdão judicial, absoluto. Para entender melhor isso, veja como o apóstolo Paulo coloca o perdão em sua Carta aos Colossenses: “Perdoem como o Senhor lhes perdoou” (Cl 3:13). Do ponto de vista judicial, só consigo perdoar porque fui perdoado.
Você já foi perdoado de todos os seus pecados? Esse perdão pleno e absoluto só é possível porque Jesus morreu em seu lugar e ressuscitou para sua justificação. A primeira coisa que Deus quer lhe dar é o perdão, portanto, esta é a primeira coisa que você deve pedir, se ainda não tem a certeza de ter sido completamente perdoado.
VÍDEO:
A Paz do SENHOR esteja com você!