12 - O PERIGO DE UMA FUTURA MORNIDÃO DA IGREJA AO ADERIR O SISTEMA DO MUNDO.



Quando nos voltamos para a educação, tanto a Bíblia como a experiência tem algo a dizer-nos. Alegoricamente falando, poderíamos dizer que rejeitando Saul e escolhendo a Davi, Deus estava passando por cima de um homem que se distinguia por sua cabeça (pois ele excedia nessa medida a altura de seus nobres), a favor do homem que era segundo o Seu coração! Mas, seriamente falando, homens tais como José, Moisés e Daniel, de cuja sabedoria Deus fez uso publicamente, receberam cada qual, diretamente do próprio Deus, o entendimento de que necessitavam. Eles tiveram em pouca conta a educação secular que haviam recebido. E o apóstolo Paulo colocou claramente o conhecimento entre "todas as coisas" que considerava como perda pela excelência do conhecimento de seu Senhor Jesus Cristo (Fil. 3:8). Ele traça uma clara distinção entre a sabedoria do mundo e a sabedoria que vem de Deus (1°Cor. 1:21,30).

Mas é a experiência que demonstra o mundanismo essencial do conhecimento como tal. Muitos dos históricos estabelecimentos universitários do ocidente, foram fundados por homens cristãos que desejavam proporcionar a seus semelhantes uma boa educação, sob influência cristã. Durante a vida de seus fundadores, o caráter daquelas fundações era elevado, porque esses homens colocaram conteúdo espiritual real nelas. Quando, porém, os homens se foram, o controle espiritual foi-se também, e a educação seguiu seu curso inevitável em direção ao mundo do materialismo e para longe de Deus. Em alguns casos pode ter levado um longo tempo, pois a tradição religiosa é difícil de desaparecer; mas a tendência sempre foi óbvia, e em muitos casos o destino só agora foi alcançado.

Quando as coisas materiais estão sob controle espiritual, elas cumprem seu devido papel secundário. Libertas da restrição manifestam muito rapidamente o poder que está por trás delas. A lei de sua natureza declara-se, e seu caráter mundano é comprovado pelo curso que seguem.
A difusão de empreendimentos milionários na nossa era atual dá-nos uma oportunidade de testar esse princípio nas instituições religiosas de nossos dias e de nossa pátria. Mais do que um século atrás, a Igreja determinou estabelecer na China escolas e hospitais com um caráter espiritual definido e um objetivo evangelístico. Naqueles primeiros dias, não foi dada muita importância às construções, ao passo que ênfase considerável foi dada ao papel das instituições na proclamação do Evangelho. Dez ou quinze anos mais tarde podia-se passar pelos mesmos lugares e em muitos deles encontrar instituições muito maiores e mais bonitas no lugar das originais, mas em comparação com os primeiros anos, um número muito menor de convertidos. E hoje em dia, muitas daquelas esplêndidas escolas e universidades transformaram-se em centros puramente educacionais, carentes de qualquer motivação realmente evangelística, enquanto que em quase idêntica extensão, muitos dos hospitais existem agora unicamente como lugares de mera cura física, e não mais de cura espiritual.
Os homens que lhes deram início haviam, por caminharem próximos a Deus, mantido aquelas instituições firmemente dentro de Seu propósito; mas quando eles morreram, as instituições rapidamente gravitaram em direção aos objetivos e padrões mundanos, e assim fazendo, classificaram-se como "coisas do mundo". Não deveríamos ficar surpresos por assim suceder. "As coisas do mundo tende a voltar-se para o mundo". 


Que o Senhor continue nos guardando de tudo que pertence ao sistema deste mundo.

Livro: "Não Ameis o Mundo". - (Watchman Nee).

Jesus Cristo é o Senhor! 
Ele é o único e suficiente Salvador.

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